Projeto “Foi assim, sim!” – Livro

Estamos recebendo as histórias para o livro “Foi assim, sim!” e ansiosos para as que ainda virão.

Uma delas foi trazida pela nossa aluna Bianca, hoje no nono ano e nós reproduzimos abaixo, com muito carinho! 

Café na roça

Nome: Bianca Costa

Contado por: Avô Cido

Certo dia meu avô Cido foi à roça e trabalhou o dia todo. No fim do dia ele foi à casa de um senhor muito simples que morava lá na roça.

Como meu avô havia trabalhado o dia todo e não tinha comido nada, estava com muita fome. O senhor ofereceu a ele um café e logo em seguida perguntou:

– Qué “cutá rádio”?

Meu avô respondeu:

 – Aceito sim! Meu avô pensou que ele tivesse dito: – quer com torrada!

Ele estava com tanta fome que pensou que fosse uma torrada.

Quando meu avô conta essa história sempre damos boas risadas.


Uma outra história, que prometemos aos nossos alunos como “spoiler” do livro a ser lançado aconteceu há poucos anos, mas sempre é contada em reuniões entre os professores do C.C.C.. Vejam!

O susto que saiu pela culatra

Contado por: Professora Márcia 

Há pouco tempo, mais precisamente seis anos atrás,  numa época que o  acampamentos de formatura não eram tão famosos como hoje, nossos alunos de nono ano escolhiam um Hotel Fazenda para viajarem e fazer a comemoração de sua formatura.

Alguns professores os acompanhavam nesta inesquecível viagem. Todos comportavam-se com muita alegria, sem qualquer indisciplina. As famílias ficavam com saudade, mas sabiam que cuidaríamos de seus filhos, que se despediam do C.C.C. com muito carinho.

Pois bem! Fomos a um hotel fazenda aqui perto, na cidade de Guaratinguetá. De professores, fomos eu, Dani e William, que era da área de educação física. Depois de um dia inteiro de muitas atividades, que terminou com banho de piscina, os alunos pediram-me para assistirmos juntos, um filme de terror, no salão da casa grande do hotel. 

Como o hotel ficava próximo de Cachoeira, liguei para a Maíra, nossa secretária, que prontamente foi à uma locadora e alugou um DVD (sim!!! Era assim que víamos filmes fora da TV aberta!!!). Ela enviou o filme pelo professor William e eu, sabendo de uma história do lugar, fiz um pedido especial também, pedindo sigilo e não contando sequer à professora Dani, o qual vocês conhecerão nas linhas abaixo…

Bom, todo hotel fazenda que se preze tem uma história, um causo acontecido e que é contado aos hóspedes pelos funcionários ou antigos moradores. Neste, há muitos e muitos anos, havia uma história de uma moça, filha de um retireiro (pessoa que é responsável por tirar leite das vacas,  manualmente) que fugiu da fazenda para casar com um pretendente não aprovado pelo pai. Morena, de cabelos compridos e usando um vestido branco! Reza a lenda local que o casamento não se consumou e a moça até hoje é vista correndo pela estrada que dá nos chalés da fazenda, que ficou repleta de sapos. Sempre de vestido branco.

Já sabem qual foi meu pedido, não é …

Maíra enviou o DVD com o filme horripilante filme e mais um vestido de noiva para mim. O plano era: quando os alunos e a Dani estivessem entretidos com o filme, eu sairia de mansinho, iria por trás da casa, entraria pela janela de uma sala ao lado, faria barulhos e entraria pelos fundos no salão, provocando o rico imaginário de nossos meninos e meninas e também da professora. Para isso tudo, precisaria de um aliado, afinal , ir à sala ao lado, pular a janela, demandaria passar por um caminho escuro e no campo. Contei ao professor, que abraçou a ideia!

Em determinado momento do filme, quando todos já estavam de olhos arregalados (ou fechados) com os horrores do fictício filme, saí e coloquei o vestido. O professor William foi à frente (nossos celulares não eram moderninhos com lanternas) e eu fui atrás. Neste momento já começava a pensar sobre esta ideia, pois havia muitos sapos no caminho, galhos que se prendiam ao vestido que usava e o passo acelerado do professor, que estava pelo menos a dois metros à minha frente.

Chegamos à janela. Facilmente o professor a abriu, pulou e esqueceu de me avisar que muitas cadeiras estavam empilhadas logo abaixo dela.  Já eu… Bem, com aquele vestido, sem muita habilidade, o resultado foi exatamente o que vocês já estão imaginando!!! Eu caí como uma abóbora e as cadeiras fizeram um grande barulho, ouvido por todos. O professor ria por demais e após ajudar-me a levantar, fomos ao salão, já não pretendendo assustar mais ninguém, pois a mais assustada era eu mesma! Os alunos e a Dani já estavam saindo do salão, desesperados com os barulhos e com medo da risada, que não identificaram. Tudo muito escuro, eu tentando dizer que não era a tal moça de branco  e eles correndo!!! O susto saiu pela culatra, ou melhor, em vez de assustá-los, também fiquei assustada!!

Até hoje damos boas risadas quando conto esta história em confraternização de professores ou com os alunos, os quais carinhosamente ainda mantemos contato. Se a lenda da moça é verdadeira, não sabemos! Mas que ” foi assim, sim” que aconteceu essa história de formatura do nono ano, isso foi!!!

Viram ? Seja uma história do passado ou uma atual, todos temos causos, coisas e contos a contar!

Que venha o livro  ” Foi assim, sim!”

Professora Márcia e Bianca

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