Musicais C.C.C. : de sempre e para sempre!

Em meio às aulas cotidianas e preparação para os musicais “Foi Assim, sim!”, nos pegamos pensando sobre os motivos pelos quais investimos tempo, pesquisa e preparativos para este evento, que nos é tão significativo.

Por que fazemos? Quando surgiu a ideia? Qual a diferença entre uma festa de fim de ano escolar e um Musical.

Bom, em primeiro lugar, todos os Musicais se constituem instrumentos muito pedagógicos, ou seja, são aulas acontecendo e que possuem o principal objetivo de construir conhecimentos. 

Há sempre uma preparação envolvendo diversas disciplinas, textos, raciocínios. E elas são importantes para o desenvolvimento do protagonismo e da aprendizagem dos nossos alunos. Isso tudo é função da escola!!!!! Por isso também precisa acontecer!

Por outro viés, vejam: hoje a normativa da Base Nacional Comum Curricular prevê o desenvolvimento das competências e habilidades sócio emocionais, mas isto sempre esteve em meio ao trabalho de ensinar e aprender, pois o ensino vai sempre além do livro didático e tudo que se aprende com este precisa ter aplicabilidade na vida diária, tornando o conhecimento significativo.

A ideia de fazermos musicais surgiu há muito tempo, desde quando não o denominávamos assim. Na verdade, nós professores ainda não sabíamos bem qual nomenclatura usar, pois não fazíamos apenas uma festa de fim de ano, era muito mais, pois tudo partia de um contexto maior de ensino e aprendizagem.

Juntamos nossas ideias, estabelecemos que a criatividade seria a mola propulsora, envolvemos a equipe, alunos e pais e lá fomos nós para fazer algo diferente de tudo que havia na cidade e com valor escolar de verdade.

Lembramos do primeiro que fizemos com os alunos de sexto ao nono anos do Ensino Fundamental: “O homem que calculava”, encenação a partir desta obra de Malba Tahan. Sim! Matemática pura! Sem muitos requintes, nossos alunos encenaram os problemas matemáticos para o público formado pelos pais e outros alunos. Ah…Que sufoco conseguir ajustar as roupas para o dia!

Depois fizemos “ As mil e uma noites”, o “Auto da Compadecida” e chegou a vez de investir a mesma estrutura com a educação infantil. 

Desafiador? Claro! Encantador também.

Começávamos uma trajetória de trabalhar com os pequenos alunos e com os maiores, em momentos distintos, toda a riqueza de um musical (literatura, arte, movimento, raciocínio, trabalho em equipe). Professores encararam o desafio de protagonizar junto das crianças, histórias sensíveis, engraçadas ou de aventuras, às vezes criadas, outras vezes, embasadas na literatura.

Em um momento reflexivo, breve parada para sustentar ideias para o “Foi assim, sim”, que acontecerá em três versões: para educação infantil, ensino fundamental 1 e ensino fundamental 2 – cada um com o máximo respeito à fase escolar e de maturidade vivida, lembramos os momentos mágicos que vivemos e que certamente, deixaram muitas riquezas aos alunos C.C.C.:

  • O homem que calculava – ensino fundamental 2;
  • Mil e uma noites – ensino fundamental 2;
  • Gisele no bosque – educação infantil;
  • O armário encantado – ensino fundamental 1;
  • Romeu e Julieta – ensino fundamental 2;
  • O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá – educação infantil
  • Vidas Secas – ensino fundamental 2;
  • O Mágico de Oz – educação infantil;
  • Sonhos de uma noite de verão – ensino fundamental 2;
  • Viagem pelos Contos Maravilhosos – educação infantil;
  • Sherazade e o valor do amor – ensino fundamental 1e 2;
  • O pequeno príncipe – educação infantil;
  • Os Karas – ensino fundamental 2;
  • Show Brasil – ensino fundamental 2;
  • Conto de Natal – educação infantil.

Nossa! Mesmo fazendo parte de nosso projeto escolar, ainda não tínhamos parado para quantificar o que fizemos. Cremos que isso se deva porque conceituar a qualidade sempre foi o objetivo maior de tudo.

Então, mais uma vez chegamos à conclusão que muito mais que uma festa, o Musical é um ideal de ensinar e utilizar todos os instrumentos à favor da aprendizagem, dando sentido à vida escolar.

Que orgulho de nossos alunos e de nossas produções! Quanto empenho para fazermos uma educação de valor com ensino de qualidade! Quanta fé no princípio transformador que a educação possui.

Por que continuar a fazer? Porque sabemos que de algum modo, o aluno C.C.C. será diferenciado no futuro porque aprendeu a ser protagonista, a trabalhar em equipe, a se posicionar diante de obstáculos.

Nesse ritmo de lembranças, convidamos alguns ex-alunos para falarem sobre suas participações. Hoje estão vivendo outras perspectivas, pois já se formaram há pouco ou muito tempo. Ainda assim, suas palavras representam a voz do C.C.C. e a de todos que ainda participarão deste belo projeto!

Abraços! 

Equipe C.C.C.


Sou  acadêmico de medicina do quinto período e diversas vezes me deparei com situações em que a minha postura teria influência direta na reação do paciente, tanto para colher uma história clínica ou explicar resultados diagnósticos. Do inicio ao fim do contato com o paciente são necessárias habilidades de comunicação, que terão grande importância na condução da consulta e no posterior diagnóstico.

Não existe um manual de como lidar com as situações que encontramos na medicina, o teatro tem o papel não só de preparar para os casos reais, mas também para o desenvolvimento de habilidades que são necessárias para o contato com o paciente. 

Vítor de Castro Re. Barbosa
27 anos, Estudante de Medicina
Ex-aluno C.C.C. 

Dos 6 meses até os meus 15 anos estudei no CCC e sempre amei música, teatro, tudo relacionado a isso e tudo isso era proporcionado pra gente. Através de um musical em 2010, com apenas 11 anos, em um momento muito difícil,  entendi que a música sempre fez parte de mim e poder apresentar ela contando histórias era um amor com diversão. Todo mundo se unia ainda mais e fazia do musical, um espetáculo.

Hoje eu sou muito grata, por ter feito parte dessa história desde o começo, me tornou uma pessoa mais comunicativa, me fez aprender mais formas de expressar sentimentos e posso afirmar com plena convicção que esses musicais fizeram parte da minha história e faço sempre questão de lembrar e falar sobre isso.

Natália Sestari Silva
20 anos, Estudante de Farmácia
Ex-aluna C.C.C.

Gosto de dizer que sou uma pessoa de muita sorte porque participei dos musicais mesmo após ter me formado no nono ano. Essa oportunidade não apenas fortaleceu os laços lindos que criei com o colégio ao longo dos catorze anos que lá passei, mas também me ajudou a crescer como pessoa e mulher (confesso que ainda não estava pronta para ir embora).

A cada apresentação uma nova “Júlia” despertava e, depois de tantas histórias vividas, pude “juntar” cada uma delas para me construir como sou hoje.Através desse projeto, a escola me ajudou a encontrar coragem (o frio na barriga de estar em frente a todas aquelas pessoas sempre existiu) e autoconfiança, sem as quais não estaria pronta para trilhar meus caminhos sozinha.

Mesmo após seis anos de formada, não deixo de assistir a nenhum musical, tanto do ensino infantil quanto do fundamental! Ver as apresentações me traz a certeza de que passei quase toda minha vida no lugar certo e saber que outras pessoas estão tendo a mesma oportunidade que tive enche meu coração de alegria. Já estou ansiosa para este ano!

Júlia Rainer
20 anos, Estudante de Medicina
Ex-aluna C.C.C.

O Musical CCC é uma experiência única  para os seus alunos, pois planejam, se dedicam e ensaiam para a tão esperada apresentação, que é a realização de um sonho.  Só me restam boas lembranças desses momentos tão marcantes e emocionantes.  O Musical CCC é um espetáculo muito especial e que deixa marcas, tanto aos alunos como aos seus espectadores. Sou ex-aluna CCC, e  todos os anos que tive o grande contentamento em participar, me fizeram tornar uma pessoa mais madura, tendo mais responsabilidade e o gosto pela arte.

Alícia Satim Mori
15 anos, Estudante do Ensino Médio
Ex-aluna C.C.C.

Oi, gente, tudo bem? Eu sou a Lívia, ex aluna do CCC, que saiu ano passado e cresceu dentro da escola.

De todos os projetos da escola, o que sempre sentirei mais falta, será o musical anual do CCC! Participei de todos enquanto estive na escola e todos os anos essa era a época minha época preferida do ano, pois era quando começávamos a tratar do musical, que sempre nos surpreendia e se tornava mais especial a cada ano que passava!

O musical é uma experiência maravilhosa, que com certeza me trouxe muito amadurecimento e ensinamentos! Aprendi sobre cultura, livros, visões de mundo e além de tudo, pude aprender a falar em público, algo que me ajuda muito até os dias atuais.

O musical é lindo e daria tudo para poder participar mais uma vez desse projeto tão especial e que traz tantas coisas boas para nossa vida! Por isso, aproveitem muito e guardem todos os ensinamentos que ele passa para vocês, alunos do CCC. Esse ano, será novamente um show maravilhoso!

Lívia Rainer
15 anos, estudante do ensino médio
Ex aluna CCC

Veja também este lindo depoimento em vídeo.

Yasmin Gomes Ribeiro
16 anos – estudante do Ensino Médio
Ex aluna CCC

Dispositivo de Orrery – Laboratório de Astronomia C.C.C.

O Colégio Criar e Crescer dedica duas aulas além das previstas no currículo para o ensino de Ciências através de experimentação, que acontecem semanalmente no Laboratório de Ciências.

Acreditamos que desta forma, os alunos vão significando e ressignificando o livro didático, sendo fundamental a propriedade científica dos professores envolvidos com a Ciências no C.C.C. Professora Marceli, Professora Lucila e Professor Giulliano levam em frente o sonho de um aprendizado real, forte e que traga satisfação aos alunos.

Assim, a atividade experimental deve ser feita, não pelo método tradicional, mas sim por processos centralizados no aluno, de forma que a leitura do experimento deva ser direcionado por caminhos que envolvam a investigação, o chamado processo investigativo.

E os resultados têm sido muito positivos e um de nossos indicadores disto é que é bastante alto o número de medalhas nas Olimpíadas Científicas de cunho nacional (OBA, OBR, OBF, MOBFOG).

Abaixo está a sequência utilizada no terceiro bimestre com os alunos de sexto, sétimo, oitavo e nono anos. Ela veio a partir do trabalho de pesquisa de um dos nossos professores e certamente, agregou conhecimento e interatividade, fazendo do aluno, sob a supervisão da professora Lucila, o protagonista do seu aprendizado.

Vamos conhecer?

Abraços à todos !

Professora Márcia Buzzato


Da construção ao experimento

No 2° semestre na disciplina de Astronomia trabalhamos na construção e aplicação do Dispositivo de Orrery, tivemos como referência o trabalho desenvolvido durante o mestrado em Ensino de Física do Professor Giulliano Boaventura. 

Com o intuito de retomar conceitos, considerados básicos em Astronomia e que foram abordados anteriormente, porém desta vez utilizando o dispositivo foi possível representar alguns fenômenos, possibilitando uma melhor “visualização” e consequentemente compreensão dos mesmos. 

Seguimos algumas etapas e na primeira delas os alunos puderam conhecer do que se tratava essa ferramenta, um mini-planetário, onde apenas os três astros (Sol, Terra e Lua) estão envolvidos.  Posteriormente, conhecemos os materiais necessários para a construção e seguimos para a montagem. 

Professora Lucila

Alunos do 6° ano na etapa de montagem do dispositivo

Pronto para uso, iniciamos as demonstrações, a primeira delas foi o fenômeno do dia e da noite, utilizando o dispositivo fica claro que estes fenômenos acontecem devido ao movimento de rotação da Terra.

O segundo fenômeno representado é o das estações do ano.  Neste caso, ao posicionarmos o dispositivo nos solstícios podemos ver claramente a diferença em relação ao recebimento de luz solar nos dois hemisférios, teremos então as estações inverno e verão. Já na posição dos equinócios vemos os dois hemisférios recebendo a mesma quantidade de luz solar, teremos então as estações primavera e verão.

O terceiro fenômeno representado foi o das fases da lua, cada uma representa o quanto da face iluminada pelo Sol está na direção da Terra.  Representamos ainda os eclipses.

Após explorarmos todos esses fenômenos, seguimos para a finalização deste trabalho, com uma atividade avaliativa, nela os alunos registram suas observações e fazem uma análise de como a utilização do dispositivo contribuiu para a compreensão dos fenômenos estudados. 

Alunos do 8° ano durante a atividade avaliativa.



Dia dos professores: uma professora especial

Quem me acompanha sabe o quanto a docência me fascina e o quão importante considero o papel do professor para o êxito do ensino. 

Assim, a educação escolar visa uma formação social, moral, cognitiva e emocional, que acontece em determinado contexto histórico, sendo intermediada pela ação dos professores. É um processo complexo, mas tirando fatores sociais, econômicos, o fator professor é essencial para o sucesso dos alunos.

Então, hoje, dia 15 de outubro, contarei a vocês um pouquinho sobre uma professora especial para todos nós do Colégio Criar e Crescer, que além de muitas e muitas crianças e adolescentes contagiados por suas ações pedagógicas, inspirou a escrever sobre “bons professores e suas práticas”  durante minha trajetória de formação no mestrado.  

Bom, vamos lá! Meu interesse por educação começou muito antes de estar formada em Fonoaudiologia e Pedagogia, pois desde a infância acompanhei o caminho e a história de uma professora, que na verdade, foi a pessoa que me impulsionou à profissão. Seu exemplo e engajamento me levaram à docência.

A docente, a qual me refiro, é minha mãe, Sra. Mariléia,  que iniciou sua carreira como professora substituta na educação pública, percorreu o caminho de muitas outras mulheres na docência a partir da década de setenta: escola de zona rural, onde não era possível chegar de carro, efetivação na educação pública longe de sua cidade,  remoções, aulas em instituição particular de ensino e aposentadoria com honras, já em sua cidade (ainda que não esteja aposentada, pois é a diretora geral do nosso querido C.C.C.).

Ver o entusiasmo e a dedicação em estudos para se profissionalizar, o afeto com os alunos, a vanguarda ao romper paradigmas de fragmentação do ensino e, principalmente o êxito com alunos de educação infantil e ensino fundamental, são os exemplos que, atualmente, em um processo reflexivo sobre minha própria profissão, enxergo como verdadeira motivação não somente para mim, mas para tantos outros colegas. 

Uma mulher que acredita no poder transformador da educação. Uma professora que pode ser considerada representante honrosa da profissão docente e que luta por qualidade de ensino, acredita no ser humano. Sua trajetória nos inspira, seus passos mostram direcionamentos para nós, professores!

Observando sua prática, estudando e atuando como professora, coordenadora pedagógica,  acredito que bons professores possuam conhecimento sobre o que fazem, boas práticas de ensino e engajamento, numa tríade de igual valor. Como ela sempre fez e faz! Como buscamos fazer no C.C.C.!

Esse é o legado de um bom professor! Que possamos buscar essa tríade em nossa carreira, assim como ela busca incansavelmente. Que pelo desenvolvimento da carreira docente de nossa querida professora Mariléia, possamos acreditar sempre em nossa profissão  e nos sentirmos todos homenageados no “Dia dos Professores”!

Profa. Mariléia (ao centro) e equipe do Colégio Criar e Crescer

Ah…Obviamente que muitos foram e são os desafios dela em sua trajetória. Diversos também são os nossos desafios como professores nas realidades que atuamos. Mas assim como ela faz e demonstra em suas ações, a fé no ser humano e no poder transformador da educação deve nos mover.  Assim, alcançaremos a tríade da qual falei acima e que é descrita na literatura da área, vivida por bons professores e sentida pelos nossos alunos.

Fé e esperança sempre, pois “só é mestre aquele que persevera no ideal de ser aprendiz”. Feliz dia dos professores!!!!!

Um abraço!

Professora Márcia Buzzato

Projeto “Foi assim, sim!” – Livro

Estamos recebendo as histórias para o livro “Foi assim, sim!” e ansiosos para as que ainda virão.

Uma delas foi trazida pela nossa aluna Bianca, hoje no nono ano e nós reproduzimos abaixo, com muito carinho! 

Café na roça

Nome: Bianca Costa

Contado por: Avô Cido

Certo dia meu avô Cido foi à roça e trabalhou o dia todo. No fim do dia ele foi à casa de um senhor muito simples que morava lá na roça.

Como meu avô havia trabalhado o dia todo e não tinha comido nada, estava com muita fome. O senhor ofereceu a ele um café e logo em seguida perguntou:

– Qué “cutá rádio”?

Meu avô respondeu:

 – Aceito sim! Meu avô pensou que ele tivesse dito: – quer com torrada!

Ele estava com tanta fome que pensou que fosse uma torrada.

Quando meu avô conta essa história sempre damos boas risadas.


Uma outra história, que prometemos aos nossos alunos como “spoiler” do livro a ser lançado aconteceu há poucos anos, mas sempre é contada em reuniões entre os professores do C.C.C.. Vejam!

O susto que saiu pela culatra

Contado por: Professora Márcia 

Há pouco tempo, mais precisamente seis anos atrás,  numa época que o  acampamentos de formatura não eram tão famosos como hoje, nossos alunos de nono ano escolhiam um Hotel Fazenda para viajarem e fazer a comemoração de sua formatura.

Alguns professores os acompanhavam nesta inesquecível viagem. Todos comportavam-se com muita alegria, sem qualquer indisciplina. As famílias ficavam com saudade, mas sabiam que cuidaríamos de seus filhos, que se despediam do C.C.C. com muito carinho.

Pois bem! Fomos a um hotel fazenda aqui perto, na cidade de Guaratinguetá. De professores, fomos eu, Dani e William, que era da área de educação física. Depois de um dia inteiro de muitas atividades, que terminou com banho de piscina, os alunos pediram-me para assistirmos juntos, um filme de terror, no salão da casa grande do hotel. 

Como o hotel ficava próximo de Cachoeira, liguei para a Maíra, nossa secretária, que prontamente foi à uma locadora e alugou um DVD (sim!!! Era assim que víamos filmes fora da TV aberta!!!). Ela enviou o filme pelo professor William e eu, sabendo de uma história do lugar, fiz um pedido especial também, pedindo sigilo e não contando sequer à professora Dani, o qual vocês conhecerão nas linhas abaixo…

Bom, todo hotel fazenda que se preze tem uma história, um causo acontecido e que é contado aos hóspedes pelos funcionários ou antigos moradores. Neste, há muitos e muitos anos, havia uma história de uma moça, filha de um retireiro (pessoa que é responsável por tirar leite das vacas,  manualmente) que fugiu da fazenda para casar com um pretendente não aprovado pelo pai. Morena, de cabelos compridos e usando um vestido branco! Reza a lenda local que o casamento não se consumou e a moça até hoje é vista correndo pela estrada que dá nos chalés da fazenda, que ficou repleta de sapos. Sempre de vestido branco.

Já sabem qual foi meu pedido, não é …

Maíra enviou o DVD com o filme horripilante filme e mais um vestido de noiva para mim. O plano era: quando os alunos e a Dani estivessem entretidos com o filme, eu sairia de mansinho, iria por trás da casa, entraria pela janela de uma sala ao lado, faria barulhos e entraria pelos fundos no salão, provocando o rico imaginário de nossos meninos e meninas e também da professora. Para isso tudo, precisaria de um aliado, afinal , ir à sala ao lado, pular a janela, demandaria passar por um caminho escuro e no campo. Contei ao professor, que abraçou a ideia!

Em determinado momento do filme, quando todos já estavam de olhos arregalados (ou fechados) com os horrores do fictício filme, saí e coloquei o vestido. O professor William foi à frente (nossos celulares não eram moderninhos com lanternas) e eu fui atrás. Neste momento já começava a pensar sobre esta ideia, pois havia muitos sapos no caminho, galhos que se prendiam ao vestido que usava e o passo acelerado do professor, que estava pelo menos a dois metros à minha frente.

Chegamos à janela. Facilmente o professor a abriu, pulou e esqueceu de me avisar que muitas cadeiras estavam empilhadas logo abaixo dela.  Já eu… Bem, com aquele vestido, sem muita habilidade, o resultado foi exatamente o que vocês já estão imaginando!!! Eu caí como uma abóbora e as cadeiras fizeram um grande barulho, ouvido por todos. O professor ria por demais e após ajudar-me a levantar, fomos ao salão, já não pretendendo assustar mais ninguém, pois a mais assustada era eu mesma! Os alunos e a Dani já estavam saindo do salão, desesperados com os barulhos e com medo da risada, que não identificaram. Tudo muito escuro, eu tentando dizer que não era a tal moça de branco  e eles correndo!!! O susto saiu pela culatra, ou melhor, em vez de assustá-los, também fiquei assustada!!

Até hoje damos boas risadas quando conto esta história em confraternização de professores ou com os alunos, os quais carinhosamente ainda mantemos contato. Se a lenda da moça é verdadeira, não sabemos! Mas que ” foi assim, sim” que aconteceu essa história de formatura do nono ano, isso foi!!!

Viram ? Seja uma história do passado ou uma atual, todos temos causos, coisas e contos a contar!

Que venha o livro  ” Foi assim, sim!”

Professora Márcia e Bianca

O futuro é logo ali

Como será o futuro? O que você vai ser quando crescer? Essas perguntas são comuns e frequentes na infância e na adolescência. Mas, como perceber que o futuro é construído hoje?

Durante as aulas de Filosofia no C.C.C. este é um assunto recorrente e prático. Todos os dias, os alunos têm a compreensão de que o futuro ainda não é certo, contudo, aprendem que esse tempo é construído no presente, no hoje e no agora. Por isso, nos recorrentes momentos de diálogo, cada aluno é convidado a pensar no amanhã, além disso, é convidado a tornar esse pensamento prático, fazendo bem tudo o que é de sua responsabilidade hoje.

Todos os indivíduos sonham com o futuro, e não é com qualquer futuro, as pessoas desejam um futuro melhor. Assim, as crianças e os adolescentes têm esse pensamento ainda mais intenso. Consequentemente, eles procuram expressar essa idealização em conversas, fotos, desenhos, ou seja, de diversas formas.

Essa ação de vislumbrar um bom futuro é fundamental a todos, crianças, jovens e adultos. Particularmente, no C.C.C., o material do Sistema Positivo possibilita ao aluno pôr em prática a construção do amanhã. Uma das turmas que mais tem buscado essa concretização do futuro é a turma do 9° Ano. Neste bimestre, cada um pôde expressar, por meio de desenhos, aquilo que deseja como filho, filha e como estudante. Algo interessante é que a maioria desses alunos teve o Colégio Criar e Crescer como referência para a construção do amanhã.

A partir dessas imagens, fica o convite: como construir o futuro?

Josi Lemos , professora de Espanhol e Filosofia do CCC

A importância de participar de olimpíadas científicas no ensino fundamental

Iniciamos recentemente nossa caminhada por mais um ano letivo, e com isso começamos também a nos preparar para as Olimpíadas científicas das quais tanto nos orgulhamos de participar e já são tradição no CCC, mas já paramos para pensar qual a importância de estarmos envolvidos neste tipo de atividade?

Mais do que medalhas, prêmios ou certificados de participação, as olimpíadas científicas nos proporcionam novas descobertas, sobre ciências e tecnologias, ampliam nosso conhecimento, contribuem para a melhora da capacidade de raciocinar, resolver problemas e organizar ideias. Outro ponto que pode ser destacado é que participar das olimpíadas desde cedo colabora para que saibamos lidar com o enfrentamento de desafios, competições saudáveis, frustrações, trabalho em equipe, aprender a vencer ou perder e acima de tudo, dar nosso melhor, algo singular que levaremos para a vida!

Nos próximos meses estaremos participando da Olimpíada Brasileira de Astronomia, (realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira e Agência Espacial Brasileira há 22 anos) e da Mostra Brasileira de Foguetes, momentos pela quais tanto esperamos desde a construção ao lançamento dos foguetes! Teremos ainda as olimpíadas de Física, de Robótica e de Ciências. Cada uma, dentro de sua especificidade, exigirá, desde já, de todos nós, engajamento, dedicação, disciplina e determinação, elementos fundamentais para crescermos, concretizarmos nossa aprendizagem e alcançarmos vitória e sucesso!

Queridos alunos, que possamos aproveitar essas oportunidades para colocar em prática todo o nosso conhecimento, contamos e acreditamos no potencial de vocês!

Abraços

Professora Lucila

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1. Tecnologia em processos químicos.
2. Licenciatura em física.
3. Curso sequencial de Fundamentos da docência nas áreas de matemática, ciências naturais e humanas.”

Como escolher a escola para nossos filhos?

Passadas as festas de fim de ano, o recesso merecido após um período de trabalho, muitas famílias se deparam com o questionamento: “e agora? Como escolher a melhor escola para meu filho?”.

Concordamos que “bom”, “melhor” são conceitos valorativos que dependem dos contextos em que vivemos. Mas, em se tratando de educação escolar, podemos elencar alguns critérios, os quais podem ser indicativos de boa qualidade. Afinal, a educação transforma, propulsiona e queremos sempre que nossos filhos tenham o melhor.

Assim, seja no berçário, na educação infantil, no ensino fundamental ou ensino médio, alguns fatores são comuns e vamos falar sobre eles:

1º) Instalações adequadas

Uma boa escola tem instalações pensadas para cada etapa de ensino que abriga. No berçário é importante ter mobiliário adequado, quarto de descanso que não apenas tenha colchonetes ou tatames a serem dispostos se a criança dormir, lugar especial para troca de fraldas ou desfraldes, sala de alimentação, sala de estimulação e parques que
contemplem a faixa etária até 3 anos.

Na educação infantil, é muito importante também que as salas de aula sejam arejadas, exista espaço para o lúdico, banheiros próximos, mobiliários que permitam postura ergonômica da criança ao sentar, parques com cuidados especiais para crianças até cinco anos, espaço delimitado à educação infantil, etapa tão importante para a vida do
educando. No ensino fundamental, anos iniciais, a preocupação com a ergonomia das salas de aula continua essencial para o desenvolvimento do estudante, lembrando também que o lúdico não pode perder espaço na escola.

Nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, as instalações devem priorizar o conforto dos alunos que estão crescidos, a ambientação para essas fases, o espaço para a circulação e a existências de recursos para diferentes estratégias de ensino. Vale a pena visitar, ver os ambientes, entrar em todos os espaços, “reparar” até mesmo na manutenção da limpeza da escola.

Diante destas afirmações, surge inevitavelmente uma questão: uma boa escola pode ter todas as etapas de ensino? As respostas são claras: se houver o espaço adequado, o cuidado especial e a priorização para cada etapa, SIM!

Se algum destes itens faltar, a resposta é NÃO.

Tendo entendido o que é importante procurar em instalações em um colégio, de acordo com a etapa vivida pelos filhos, passa-se a um aspecto primordial, que definirá a evolução do aprendizado e o bem-estar de nossos bebês, crianças ou adolescentes: a equipe profissional da escola.

Sim!!! De nada adianta um bom local, com boas instalações e não conhecer quem, de fato, fará a educação acontecer junto ao seu filho. Mas não é óbvio que todos os profissionais deveriam ser “profissionais da educação”?

Então, óbvio é, realidade … nem sempre…

2º) Equipe profissional que compõe a escola

Por razões que não vamos esmiuçar nesse texto, a legislação permite que muitos profissionais adentrem e atuem no ambiente escolar. Claro que muitos são bons, mas não devemos abrir mão de confiar nossos filhos à pessoas que estudam educação, em seus aspectos de história, desenvolvimento humano em toda sua composição, didática no ensino, conhecimento científico, avaliação. Profissionais de pedagogia e profissionais licenciados em disciplinas específicas estudam tais aspectos.

Sendo o aluno, o núcleo do processo educativo, o professor precisa compreender o sujeito de seu trabalho e não apenas o objeto de conhecimento.

Então, no berçário é importante os bebês serem cuidados e estimulados por pedagogos, na educação infantil é essencial que os professores sejam pedagogos e estudiosos do desenvolvimento da aprendizagem, inclusive na alfabetização, no ensino fundamental esses aspectos também devem ser prioritários. Já nos anos finais do ensino fundamental e também no ensino médio, os professores licenciados em suas disciplinas (Português, História, Matemática, etc) são específicos sim, mas também estudaram psicologia do desenvolvimento, didática, avaliação, o que faz toda diferença no processo de aprendizagem do estudante.

Contudo, ainda que toda a equipe seja formada por profissionais da educação, um bom funcionamento da escola, também se faz com a presença de equipe diretiva, ou seja, diretor, coordenador pedagógico, secretaria pedagógica. Mas qual papel da equipe diretiva?

Além de articular todo o funcionamento de uma escola, o que já não é pouco, cuidar do patrimônio para estar sempre apto à frequência de seus alunos, fazer a articulação da escola com a comunidade, garantir junto à todos os profissionais, o cumprimento da legislação educacional, a gestão escolar tem por obrigação legal, além do comprometimento moral, proporcionar a formação continuada de sua equipe de professores em todos os níveis.

Ou seja, um bom ensino precisa ser contextualizado à realidade em que acontece, as necessidades da comunidade precisam ser atendidas e discutidas à luz da ciência pedagógica. O aprimoramento dos profissionais precisa ser constante e ativo, acontecendo também no local de trabalho e não somente em cursos de pós graduações. Equipe diretiva tem que ser presente diariamente!

Assim, quando visitar uma escola, mesmo sem compreender educação em seus meandros, é importante questionar como acontece a formação continuada da equipe docente, pois esta é uma essencialidade quando se fala em educação de boa qualidade, seja a etapa que for!!!!

3º) Sistema de ensino: há muitos e variados sistemas de ensino.

Na atualidade, temos um documento que embasa a formulação dos materiais didáticos, a Base Nacional Comum Curricular, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. Não vamos adentrar nestas questões, mas ressaltamos que além de conhecer o sistema, ainda que por visitas aos sites, por manuseio de um material, é preciso conhecer como a escola ensina, perguntar quais valores de ensino pratica. Perguntar e conhecer resultados em avaliações externas também (olimpíadas estaduais, nacionais e vestibulinhos).

É fundamental que a escola tenha claramente uma filosofia de ensino, valores que abrangem a didática e também a formação humana. Perguntar como se ensina, conversar com famílias que já tenham filhos nesta instituição, visitar a escola em funcionamento são importantes formas de conhecer a filosofia dela.

Vale lembrar que escolher berçário, escola de educação infantil têm a responsabilidade de entender que neste local, a criança passará boa parte de sua primeira infância. Assim como no ensino fundamental anos iniciais ou finais: se não fosse fundamental, não se chamaria fundamental!!!

No ensino médio, o cuidado com os adolescentes não pode ser menor que os estímulos de conhecimento (não esqueçamos disto!).

Portanto, uma última dica que damos refere-se à questão de valores e afetividade. Segue…

4º) Valores e afetividade

Sinceramente acreditamos que não existe ensino distanciado de afetividade. Vale a pena visitar a escola, perguntar sobre a relação entre escola e alunos a quem apresentar lhe a proposta, saber como a escola se comunica com as famílias, como são feitas as mediações de conflitos, dar uma espiada nas redes sociais e ver como os estudantes (principalmente os maiores) e as famílias se referem ao colégio. Os valores como diálogo, voz aos estudantes, valorização da equipe, cuidados com pessoas e ambiente, propósito da escola, resultados obtidos são percebidos sem treinos pelos familiares, ou seja, bom senso, escuta ativa são os principais elementos de percepção dos valores e da afetividade.

Enfim, poderíamos discorrer laudas e laudas sobre indicadores de qualidade numa escola. Por ora, acreditamos que alguns pontos bastante importantes foram aqui abordados e quiçá, poderão ser úteis para escolha não apenas do local onde nossos meninos e meninas irão estudar, mas para o entendimento de uma instituição que pretende realmente ser escola!

Profa. Márcia Maria de Castro Buzzato
Mestre em Educação pela UNITAU (Formação de professores), Diretora
pedagógica do C.C.C. e mãe de aluna que está indo para o Ensino Médio

O estudo das grandes guerras

No dia 11 de novembro o mundo celebrou os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial.

O armistício foi assinado por volta das 11 horas da manhã, colocando fim à um conflito sangrento e que entrou para a história por ter sido o palco de novas tecnologias (como a experimentação de armas tóxicas e aviões). As marinhas perceberam que o uso dos zepelins e posteriormente os aviões seriam o grande diferenciador a partir de então.

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A Primeira Guerra Mundial havia acabado, porém uma sementinha má havia sido plantada no mundo, e logo mais, teríamos a Segunda Guerra Mundial.

Estudar as Grandes Guerras nos leva ao conhecimento e entendimento das alianças politico- militares feitas (e que perduram até hoje), nos mostra as inovações tecnológicas que depois foram levadas para nossas casas e além de tudo, nos faz ter uma reflexão sobre a disseminação do ódio, que deixou e sempre deixará sementes malignas na sociedade.

Prof. Simas

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Língua portuguesa viva!

Entre meus pensamentos sobre o mundo e sobre as coisas, imagino que toda profissão exija paixão além de valores como conhecimento, comprometimento, envolvimento, responsabilidade, inquietamento e, acima de tudo, amor. Quando escolhi ser professora, ainda no segundo ano do ensino médio, eu não tinha noção do que viria pela frente e entendi que não queria outra coisa para meu futuro. Hoje, passados treze anos, conheço um pouco mais sobre minha profissão, mas diariamente, descubro que tenho muito que aprender e o que enfrentar.

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Nesses anos como professora de Português e da Educação Infantil, vivi momentos fantásticos com os meus alunos. Acredito que, com minha paixão pelo ensino, possa ter influenciado ou inspirado de alguma forma meus alunos.

Sou uma professora que gosta de trabalhar dentro de sala de aula com  respeito e o diálogo, compreendendo e dialogando com os princípios do colégio que trabalho. Gosto de solicitar trabalhos em sala de aula e atividades que tirem o aluno de sua zona de conforto, e que o faça pensar e agir para resolver problemas com os quais não esteja familiarizado.

Tento promover a expressão de seus pensamentos e argumentação sobre os mais variados temas, sem medo de errar, e que, acima de tudo, aprenda também a ouvir. Falo em várias de minhas aulas o quanto é importante que os alunos tenham empatia e consigam se colocar no lugar do outro, mas passo boa parte do tempo aprendendo como me colocar no lugar de cada aluno meu que tem dificuldade de aprendizagem.

Mostro que a Língua Portuguesa é viva e presente a todo momento. Atividades que sempre estimulo em sala de aula, são as discussões, argumentações, opiniões e participações – que transformam nos trabalhos produzidos e realizados sobre diversos conteúdos e temas. Experimentações, vídeos, murais, fotografias, dentre outros recursos, fazem parte dessa busca constante ao aprendizado significativo.

Vejamos dois exemplos de nossa língua viva:

  • 4º ano – Texto Instrucional: texto com função única e exclusivamente informativa sendo experienciado pelos alunos no laboratório de Ciências com a construção de um terrário, interligando os conhecimentos de língua portuguesa com ciências naturais. (fotos da sala da Júlia )
  • 5º ano – Reportagem : tipo de texto com o intuito de informar ao mesmo tempo que pretende criar uma opinião nos leitores, então, com importante função social.

 

Professora Léslie Vieira
Professora de  Língua Portuguesa e Educação Infantil