Educação Infantil: Uma escola para a infância

A primeira infância é uma fase muito importante, pois é a base para o desenvolvimento do indivíduo como um todo. A curiosidade é nata nas crianças, o que faz com que elas constantemente busquem respostas. À medida que desenvolvem as competências linguísticas, começam a se expressar de outras formas. E, nesse momento, as competências físicas, emocionais e sociais se integram, propiciando o desenvolvimento cognitivo.

Onde e como a criança pode construir e interiorizar regras, saber compartilhar, aprender a lidar com as frustrações, conquistar autonomia, ser autoconfiante, desenvolver a coordenação motora e ser protagonista da sua história?

Na Educação Infantil, pois ela pode proporcionar tudo isso e muito mais. Por isso, o espaço escolar deve oferecer condições, meios e oportunidades para que a criança utilize seus conhecimentos prévios e construa novas aprendizagens. A criança aprende através de desafios em um ambiente atrativo e organizado. Ao ser desafiada, ela adquire novas formas de pensar, provocando a imaginação, o desenvolvimento da sensibilidade e a construção do conhecimento. O convívio com outras pessoas é outro aspecto fundamental, pois proporcionará a aprendizagem da diversidade, bem como o aprendizado de regras sociais e de convivência.

A parceria entre escola e família é o que vai consagrar todo o trabalho realizado na Educação Infantil, sendo que o respeito e a confiança são as bases que garantirão o sucesso dele.

Falando em Educação Infantil, o nosso trabalho com os alunos do Nível II, está organizado por Projetos que possibilitam um tratamento diferenciado dos conteúdos de aprendizagem, seguindo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), possibilitando que a criança construa conhecimentos significativos. Nesse sentido, os desafios propostos promovem a construção de competências e habilidades, organizadas de forma que possam interagir como sujeitos ativos e criativos. São eles: Projeto Letramento Infantil, Raciocínio Lógico-Matemático, Contos, Psicomotricidade e o Projeto “Meu Supermercado” (exclusivo do CCC desde a época da sede antiga, que auxilia muito o desenvolvimento da leitura, escrita, empreendedorismo, matemática e cidadania). 

É uma alegria quando os nossos alunos utilizam o caderno formalmente pela primeira vez no Nível II, compreendendo o uso dessa ferramenta tão essencial para a aprendizagem, desde a sucessão das folhas, a frente e o verso, passando pelo espaço da linha e a escrita da esquerda para a direita, até a importância desta forma de registro. A utilização do caderno desenvolve nas crianças habilidades de criar e poder modificar, que serão base para toda a sua vida. Fazemos questão de mostrar aos pequenos o nosso primeiro caderno, denotando os laços afetivos que podemos criar através deste material.

 Além disto, o material semestral do POSITIVO, que além dos livros riquíssimos em conteúdos e vivências, possui uma plataforma digital interativa para toda a família, traz o ensino de maneira inovadora e muito significativa. Ver os meus alunos descobrindo, aprendendo e se desenvolvendo emocionalmente é muito gratificante, uma alegria e satisfação de saber que estou contribuindo de alguma forma na formação de seres humanos melhores. 

E a nossa tão esperada formatura do Nível II? A formatura, particularmente, carrega em si um significado muito especial: marca a passagem da criança para um novo ciclo de escolaridade. E esta conquista sempre é celebrada com muita alegria devido à sua importância. Vestindo formalmente a beca pela primeira vez, nossos alunos arrasam nas homenagens, discursos, apresentações, juramento, resultando em uma noite linda, especial e marcante para todos!

Desde pequena, admirava as minhas professoras, inclusive uma delas é muito especial para mim. Tenho o prazer de dividir os meus dias, partilhar experiências e conhecimentos com ela, a tia Mariléia, professora que me alfabetizou.

Sempre gostei de estudar e até dava aulas para as minhas bonecas. Logo cresci e fui cursar o Magistério, me formei e no ano seguinte fui cursar Pedagogia. Mas não sabia que logo encontraria um lugar que faria com que realizasse parte do meu sonho: fui fazer estágio no Colégio Criar e Crescer, no berçário, onde aprendi muito com a nossa querida Diretora e amiga Márcia. Terminando o estágio, permaneci no colégio como auxiliar de Educação Infantil e após dois anos assumi a sala do Nível II, onde leciono até hoje, completando 15 anos de muito amor!

 Em 2013 assumi as aulas de Língua Portuguesa e PLde T (Produção e Leitura de Textos) das séries iniciais do Ensino Fundamental (4º e 5º anos). Há dois anos fiz minha primeira pós-graduação em Psicopedagogia, que vem auxiliando a minha trajetória e atuação profissional. E desde então venho trilhando a minha história profissional fazendo parte desta família há 17 anos, a FAMÍLIA CCC, a qual me recebeu com muito amor e que tenho orgulho em fazer parte!

Para nós do CCC, educar é a arte de promover encontros: do homem com seu semelhante, da cultura com suas raízes, da arte com a vida, promover o entendimento do mundo e compreender melhor a vida. Despertar a curiosidade e criar a paixão pelo saber.                            

Forte abraço!

Professora Léslie Vieira

 

 

 

E foi mais uma Gincana C.C.C. …

E foi mais uma Gincana C.C.C…. Será?

Depois de um ano em que fomos separados dos nossos alunos, em que muito ensinamos, interagimos de forma tão diferente, com angústias mil criadas, obstáculos a serem superados, pudemos nos reunir e fazer “A GINCANA C.C.C.” Não! Não foi mais uma Gincana, com bem lindamente nosso hino exalta, foi “a Gincana”!!!

Essa atividade aqui no Colégio Criar e Crescer data de mais de vinte anos, quando fizemos a primeira edição de jogos, atividades recreativas e culturais, incentivando a formação de equipes, da colaboração e da competição saudável, próximo à semana da criança, durando três dias e desde sempre com o intuito de arrecadação solidária, afinal, juntos podemos fazer a diferença na comunidade local.

Desde a primeira edição, alguns de nós professores estivemos e estamos neste momento, que aos poucos, pela eloquência, pelo pertencimento e pela importância que demos, foi ficando nos corações dos alunos, sendo um dos eventos mais esperados de cada ano.

Três dias em que habilidades são mostradas fora da sala de aula, convivência exaltada, amizade e companheirismo entre as salas. Dança, música, conhecimento de mundo, vivências, esportes, jogos de habilidade e recreativos, criatividade: nossos alunos sempre deram show. 

Amparando tudo isto, os pais e familiares se envolvem, ajudam seus filhos a se organizarem, cedem suas casas para ser o local de ensaios, improvisam fantasias, movimentam os familiares para arrecadação. Irmãos e primos próximos em equipes separadas? Nunca!!! Motivos óbvios, não é?

E esse evento tão aclamado, tão comemorado e intenso foi um desafio para nós do C.C.C. no ano de 2021, pois tivemos receio de não conseguirmos contagiar, dos cuidados sanitários não serem seguidos, enfim, reflexos que a pandemia trouxe para as nossas vidas.

Mas, com fé nas crianças, planejamento com os professores, apoio imenso dos pais, resolvemos fazer. Adaptações necessárias, claro, mas na certeza de que a convivência social nesses três dias, o colégio como local de encontro e aclamação das relações sociais entre alunos, professores, seria muito válido. 

Ver o pátio cheio de alunos, todos de máscaras e não porque estavam fantasiados, mas pela obediência à todas as regras sanitárias, fazendo a vida acontecer, foi uma emoção inexplicável. Quem viu, sentiu!

E foi contagiante do primeiro ao último dia, quando o nono ano se despediu da Gincana e emocionou a todos os demais alunos.

E esta emoção perene também se deve à necessidade de estarmos seguindo a vida, com um pouco de normalidade diante do “novo normal”. 

E assim será: comemoraremos a vida, desenvolveremos nossas melhores potencialidades. Marcaremos vidas e seremos marcados. Vejam pois, a foto abaixo: gerações diferentes, pertencimento e vibração iguais. Momentos assim fortalecem o princípio de uma educação que liberta, constrói e reafirmam que o C.C.C. é mesmo um lugar de muita paixão.

Equipe C.C.C.

27 anos do CCC

São 27 anos de história. Isso significa que nossos primeiros alunos do Ensino Infantil já estão na casa dos 30! Significa também que já passamos por tanta coisa, que podemos nos considerar um adulto maduro, que sabe exatamente o que fazer. Entre alegrias, desafios, dificuldades e comemorações, vivemos e aprendemos muito. 

Não estamos falando de um prédio de quase 30 anos, até porque nossa sede já foi em outro lugar. O Criar e Crescer é “orgânico” desde seu início. Quando estamos juntos não dá pra distinguir onde começa a equipe CCC e a sua família. Todo esse organismo trabalha para a formação e a educação de cada aluno. Começa na matrícula e segue para o resto de nossas vidas. O fruto desse lindo trabalho permanece nos alunos mais antigos. Aqueles mesmos que já passaram dos 30, terminaram faculdades, formaram famílias, etc. 

Abaixo um pouquinho dessa história em imagens. 

Você também tem sua história com o CCC? Envie imagens com data, nome do evento ou alguma informação sobre a ocasião em que foi tirada.

Antiga sede e antiga secretaria.

Antiga sede na Rua Barbosa Ferraz.
Com a mudança para a Sete de Setembro, a secretaria ficou na São Sebastião.

Desfile Sete de Setembro

Festa Junina

Aula de Música

Formaturas

Festa das Mães

Arte e Cultura

Projetos Interdisciplinares

Participação no Proerd

Professores queridos!

Educação Infantil

O que é ser índio? O que você sabe sobre a história indígena?

Tendo em vista nossa exposição Naurú, a professora Carol, da disciplina de História conta nos um pouco sobre os indígenas no Brasil.

Muito do que ouvimos a respeito dessas indagações são respostas carregadas de estereótipos e impregnadas de juízo de valor que distorcem os seus significados.

Em grande medida a falta de conhecimento no assunto geram discriminações e ajudam a perpetuar ideias falsas e discursos de ódio contra os indígenas. Junto a isso, ideias de que os índios são povos que vivem nus no interior da floresta ou de que estão desaparecendo são reproduzidas pelo senso comum, gerando um ciclo de interpretações equivocadas que somente são superadas através da informação, da escuta, do debate e da compreensão da realidade que nos cerca.

De acordo com o último censo realizado pelo IBGE no ano de 2010, existem cerca de 305 etnias e 247 idiomas étnicos falados no país, além dos grupos indígenas nunca terem desaparecido, esses números ainda crescem, o que torna mais instigante pensar que com toda essa diversidade por que será que os índios estiveram negligenciados por tanto tempo?

Até o século XIX os indígenas foram considerados selvagens, não-humanos, a quem os colonizadores possuíam o dever de civilizá-los e incorporá-los a sociedade envolvente, negando seus saberes e costumes e, praticamente, demonizando aspectos de suas culturas.

Os livros antigos de história estão repletos de uma narrativa que reproduzem o olhar do colonizador, seus valores e pontos de vista. Essa perspectiva histórica é carregada de uma visão eurocêntrica, ou seja, aquela que privilegia o lugar dos europeus na história, suas aspirações, feitos e formas de ver o mundo.

A aprovação da Lei nº 11.645 de 2008 que tornou obrigatório o estudo da história indígena nas escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio representou um grande avanço ao estimular os debates sobre as questões indígenas nas escolas. Isso ajuda a entender as diferenças e os diversos caminhos que trilham os agentes históricos, estimulando a empatia, a alteridade, de um olhar para outro e para si mesmo, incentivando os educandos a lidarem com respeito na convivência e a pensar a sociedade que queremos para o futuro. Trabalhar a História Indígena em sala de aula é retirar os indígenas dos bastidores e dar à eles um lugar de relevância na História do Brasil.

A implementação desta lei gerou inúmeras questões em torno de sua aplicabilidade, exigindo adequação curricular, reformulações pedagógicas e professores capazes de se reinventarem, a fim de minimizar os resquícios de um passado que invisibilizou os povos indígenas.

Falar sobre a questão indígena na escola é gerar mudanças necessárias para a construção de uma sociedade mais democrática onde seus direitos sejam garantidos e o reconhecimento e valorização da cultura sejam  respeitados nas diferenças.

Por fim, considerarmos que a questão indígena e suas diversas abordagens sejam elementos capazes de aproximar o educando do saber histórico em um ambiente atrativo onde se possa desenvolver o pensamento crítico e sua autonomia intelectual.

Professora Carolina Araújo

Imagem de capa foi editada a partir da foto de Jéferson Mota, Secom – Governo de Rondônia (http://www.rondonia.ro.gov.br/rondonia-trabalha-para-a-realizacao-dos-jogos-aberto-da-comunidade-indigena/)

Concurso de Redação: Cultura Caipira para além do preconceito

Trabalhar com incentivos à produção de textos e com a eficiência da leitura, têm sido um dos objetivos mais fortes da professora Elis, responsável pela Oficina de Redação do C.C.C.

Comemorando o dia de Monteiro Lobato, lançamos dois concursos para nossos alunos: Concurso Colagens do Picapau Amarelo para o Infantil e Fundamental 1, no qual produziram desenhos maravilhosos a partir de colagens dos personagens do Sítio e Concurso de Redação para o Fundamental 2.

Após discutirem um trecho do livro Urupês, de Monteiro Lobato, refletindo sobre a representação do caipira e do trabalhador rural , discutiu-se os estereótipos da época e como até hoje a cultura caipira é impactada pela obra de Lobato.

A proposta aos alunos foi de elaborar um texto, explanando sobre o lado positivo da cultura caipira e interiorana, sendo que dividiu-se em duas categorias: Nível 1 – alunos de sexto e sétimo anos e Nível 2 – alunos de oitavo e nono anos.

Professora Elis, Jeca Tatu, Monteiro Lobato e livro Urupês

Concomitantemente a este trabalho, o professor Jeralty, educador físico e músico, trabalhou com os alunos a viola caipira, compositores e cantores de música caipira , propondo muita música, sensibilidade e cultura. Foram momentos incríveis como o vivenciado abaixo:

Professor Jeralty

Textos lindos foram escritos e julgados por duas professoras incríveis Sônia Gonçalves- pedagoga, arte educadora e psicopedagoga e Michele Martins – professora licenciada em Letras. As vencedoras do concurso foram as alunas: Maria Laura Ribeiro da Silva Barbosa, 6º ano  e Lara Isabelle Sapuci, 9º ano.

O texto da Maria Laura fala da simplicidade como modo de vida, uma narrativa fictícia, mas com a singeleza da valorização do homem que realmente vive no campo. Já o texto da Lara é provocativo de uma reflexão ao termo caipira, cultura de um povo que vive no interior, assim como nós.  Ambos trazem à luz, reflexões sobre sociedade, o que muito precisamos, pois é conhecendo que se preserva ou transforma.

Abaixo estão os textos vencedores

Uma história caipira

Maria Laura Ribeiro da Silva Barbosa

Em um belo sertão morava um homem chamado Francisco, mais conhecido como Chico, um caipira com pouco conhecimento escolar, que fez os primeiros anos da escola apenas, pois no sertão não há muitas chances de escolaridade.

Chico fala com sotaque caipira e seu maior conhecimento é da vivência na roça, de suas tradições e seus costumes, o que não o torna menos que nenhum homem letrado.

Às vezes Chico vai para a cidade, mesmo não gostando muito, pois é acostumado no sertão, onde não há muita gente e de vez em quando, principalmente aos fins de semana, tem festa caipira, com culinárias, músicas e muita moda de viola.

Alguns acham que a cultura caipira é não ter conhecimento, mas agora o próprio Chico vai explicar o que ela é de verdade:

“Oi pessoar, vim aqui ixpricá pr’oces o que é cultura caipira. É uma cultura que tem muita tradição que passa di pai para fio. Mais oceis acha que ser caipira é só que mora no sertão e que não sabi das coisa. Ta errado porque eu tenho meu jeito de falar, todo mundo daqui tem seu lado caipira e não é porque mora na cidade que é mió. Cada um é do jeito que é.

Chico até quis aprender um pouco mais da escola, mas teria que sair do sertão, que não tem recursos para melhorar o aprendizado. Porém, cresceu e viu que não precisou sair do sertão, sua terra amada, onde tem seus amigos, sua família. Sua cultura e seu espaço o fazem ser o homem que é, no Brasil grande e diverso.

Maria Laura Ribeiro da Silva Barbosa

Cultura caipira para além do preconceito 

Lara Isabelli Sapuci

O próprio povo brasileiro tem uma visão equivocada do caipira. Sabemos que no Brasil, temos diferentes culturas e costumes, devido às influências que recebemos no passado de outros países. Cada região, desse modo, pode ter tendência de se achar superior ou inferior que outra, sendo que isso existe até mesmo dentro do próprio estado ou região, criticando modos, costumes e fala.

Nossas características únicas formam aquilo que nos enriquece, juntamente com outras características do Brasil. Porém, até nos dias atuais, a imagem do caipira ainda é a mesma descrita nos livros do Monteiro Lobato em Jeca Tatu:  pessoas preguiçosas e grosseiras.

No dicionário online, caipira é descrito como “que tem hábito e modos rudes devido ao pouco acesso ou convívio social”. Sendo definido o significado de uma de uma gíria popular, então vemos que há um preconceito culturalmente instalado. Mas, se pensarmos bem sobre isso, a imagem do caipira que existia é apenas uma lembrança, pois, por exemplo, hoje há acessibilidade maior à tecnologia para cada vez mais destas pessoas, o que não muda costumes como comidas e festas, que ainda são presentes na cultura nacional e local.

As  contradições e essa visão equivocada do caipira podem ser chamadas de hipocrisia, pois ao mesmo tempo que há orgulho das características culturais do lugar, também há julgamentos de pessoas deste espaço como incapazes, se comparados com aqueles que vivem no polo mais evoluído economicamente de uma região.

Somos parte de um todo, uma rica e diversa cultura, com cada região tendo suas comidas, festas, sotaques.  Acredito que a principal diferença entre a visão preconceituosa e a realidade caipira é: algo atrasado e preguiçoso no trabalho (preconceito) e não a simplicidade e os fortes costumes locais, não envolvendo o nível de capacidade intelectual ou da educação recebida. Somos tradicionais em algumas coisas, apenas diferentes em relação às pessoas de capitais ou de polos econômicos do país.

Lara Isabelli Sapuci

Monteiro Lobato, Emilias e o CCC: uma história a ser contada

Monteiro Lobato foi um importante autor da literatura brasileira e além de toda a obra, criou o inesquecível Sítio do Picapau Amarelo.

Quantos adultos cresceram vendo e ouvindo as histórias da boneca de pano Emília, da menina do nariz arrebitado que gostava de jabuticaba, do caçador (de sonhos) Pedrinho, dos bolinhos de chuva da Tia Nastácia e da famosa Cuca lindona?

Uma memória a ser perpetuada. Um estímulo à fantasia infantil a ser construído com nossos alunos enquanto crianças e a ser lembrado depois de adulto, que revisita a obra e pode ver outras nuances na narrativa do autor e, novamente, se encantar.

Aqui no CCC sempre fazemos um trabalho com o Sítio do Picapau amarelo com nossos alunos e professores. Teatros, musicais, oficinas de histórias, criação de personagens, enfim, a cada ano uma nova emoção diante das atemporais histórias do Sítio do Picapau amarelo (e é assim mesmo que se escreve: “Picapau” – tudo junto!).

Quantas revelações e metanoias brotaram positivamente ao representar os personagens!!! E sempre de uma maneira muito positiva.

Recordo-me de uma aluna que fez Emília. No dia de se apresentar, sem nenhum roteiro combinado, já se despedindo do CCC, pois estava no 9º ano, a menina fantasiada de Emília, sentou-se no chão do palco e relatou a sua experiência em viver a personagem. Era muito tímida e ao se ver “boneca falante”, expressava emoções que não lhe eram fáceis no dia a dia. Além disto, contou como a oportunidade a fez encantar-se pela literatura e como isso a auxiliava em sua construção de estudante.

Não houve quem não se emocionasse com o relato. Nós professores, jamais esperávamos esse discurso e nem imaginávamos a profundidade do nosso trabalho. Alunos se inspiraram e pais se encantaram.

Hoje essa aluna é moça e trilha seu caminho na universidade. Viva Emília! Viva o Sítio do Picapau Amarelo! Viva o CCC, lugar realmente de Criar e Crescer.

Neste ano, tão conturbado ainda, não deixaremos de inovar. Gostamos do que fazemos e fazemos o que acreditamos.

Assim, elaboramos o concurso de desenho “Colagens do Picapau Amarelo”, o qual explicaremos no roteiro adiante.

Por ora, despedimo-nos com a sabedoria da nossa personagem Emília, em uma de suas falas ao sabugo de milho Visconde de Sabugosa:

“A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais […]. A vida da gente neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisca é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e por fim, pisca pela última vez e morre.

– E depois que morre?, perguntou o Visconde.

– Depois que morre vira hipótese. É ou não é?”

Um grande abraço.

Professora Márcia M. de Castro Buzzato

Professora Márcia M. de Castro Buzzato
Fonoaudióloga, Pedagoga, Mestre em Educação pela Unitau e apaixonada por Monteiro Lobato.

Projeto loja de brinquedos

APRENDENDO ATRAVÉS DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Falar da Educação infantil é colocar a criança como centralidade, garantindo não só o cuidado, mas também proporcionando experiências lúdicas, interativas e construtivas. Portanto, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as interações e brincadeiras são meios privilegiados de aprendizagem, fontes inesgotáveis para o desenvolvimento integral da criança.

Assim, acreditamos que o ato “brincar” deve fazer parte não somente do universo infantil, mas também na prática docente do professor, encontrando equilíbrio entre o ensinar e o aprender, pois, é nas situações de brincadeiras que eles têm a oportunidade de desenvolver diversas habilidades que serão fundamentais para as próximas etapas da vida escolar.

E por acreditarmos na importância do lúdico, surgiu a ideia do Projeto loja de brinquedos, que é um projeto exclusivo do Nível I, que tem como objetivos a interação com o outro, o saber esperar a vez, a ampliação do conhecimento de mundo, a construção de hipóteses sobre a escrita e reconhecimento de números, podendo sim ser inserido como uma ferramenta de aprendizagem.

A aula inicia-se lembrando o nome do dia da semana, a tão esperada sexta-feira. Depois, de maneira coletiva destacamos as letras iniciais de “loja” e “brinquedos”, fazendo também a entrega das carteirinhas com valor de R$ 2,00 (duas notinhas de um real – moeda escolhida para ser usada). Em seguida, ocorre a abertura da porta da loja encenando com uma chave e convidando-os para entrar e conhecer os brinquedos e seus preços. Logo após, é realizado o sorteio, momento de descontração e divertimento, o escolhido tira uma ficha de dentro do saquinho em que estão todas as fichas dos nomes, e o aluno sorteado tem a oportunidade de comprar um brinquedo de acordo com a quantidade de notinhas que ele possui na carteira, lembrando que eles começam com duas e esse valor aumenta conforme uma atividade realizada com capricho, empenho, comportamentos empáticos com os colegas. Assim que o aluno compra o brinquedo, questiona-se à toda sala o preço do mesmo, quantas notinhas irão ser usadas pra pagar, realizamos a contagem, destacamos a letra inicial e finalizamos o momento com uma atividade de registro, seja letramento, ou de raciocínio lógico matemático. E o aluno sorteado pode brincar com o brinquedo durante o fim de semana, sendo responsável pelo mesmo, adotando as práticas de cuidado e devolvendo na segunda-feira.

PROF. LETÍCIA FAGUNDES
Graduação em Pedagogia – Unifatea
Pós-Graduação em Educação Infantil – Unimes

Meninas pesquisadoras, mulheres Cientistas.

Muito além de representatividade e igualdade as mulheres tem buscado conhecimento cientifico e validação de suas descobertas durante muitos anos.

A história da educação feminina no Brasil se deu sobre um cenário de exclusão, pois apenas em 1879 o governo imperial permitiu a entrada de mulheres nos cursos superiores, ainda sim somente com a aprovação do marido. 

A falta de diversidade de gênero nas áreas da ciência é uma questão preocupante e dados apontam que apenas cerca de 30 por cento de todas as estudantes do sexo feminino selecionam campos relacionados às Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM) no ensino superior, como mostram os números da UNESCO relativos a 2014 – 2016. 

Preconceitos e estereótipos continuam a afastar as meninas e mulheres destas áreas e para que esse cenário comece a mudar após uma iniciativa da UNESCO e da ONU foi criado O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro desde o ano de 2015, que busca exaltar os feitos das profissionais da área e inspirar as novas gerações a participar de carreiras ligadas à ciência. 

Muito além de apenas enaltecer a presença feminina na ciência, a data ressalta que a participação da mulher neste âmbito, além de promissora, é cada vez mais necessária.  

Várias universidades federais brasileiras e instituições de ensino tem se dedicado a abrir espaço para que meninas possam ingressar nesse universo e para mostrar a elas que a ciência pode ser feita por todas, basta gostar do assunto e se dedicar muito.

A participação feminina na ciência traz soluções diferentes para os estudos, uma vez que as mulheres encontram soluções inovadoras para problemas que homens muita das vezes nem conseguiriam identificar.

O Projeto ‘Meninas na Ciência – UFRJ’ é um exemplo, ele nasceu em meados de 2018 e tem como objetivo de incentivar meninas que ainda estão em idade escolar a conhecer várias áreas científicas, motivando-as a acreditarem que mulheres podem ocupar todos os espaços na sociedade e dar visibilidade para as mulheres cientistas, quebrando estereótipos e estimulando a reflexão sobre a desigualdade de gênero.

Inspirações femininas na Ciência

Com a nossa vida moderna e cheia de facilidades não paramos para pensar quem inventou tal objeto, ou quem criou tal sistema ou até mesmo quem pensou e elaborou tal funcionalidade.

Temos exemplos diversos no passado e na atualidade de mulheres cientistas que inovaram e fizeram descobertas que tem impacto direto em nosso dia a dia.

***Marie Curie é um dos nomes de cientistas mulheres mais lembrado, ela fez tantas descobertas sobre a radiação que o próprio termo “radioatividade” foi cunhado por ela, além de descobrir dois novos elementos da tabela periódica: o polônio e o rádio.

***Nettie Stevens descobriu que são os cromossomos X e Y que determinam o sexo de um bebê na hora da concepção, e não a temperatura do ambiente, a alimentação da mãe ou outros fatores externos como se acreditou por muito tempo.

***Mary Anderson se incomodou com a neve caindo no seu para-brisa e, assim que chegou à sua casa, na cidade de Birmingham, no Alabama, começou os esboços de sua invenção até conseguir uma patente. Mesmo com tantas negativas ela chegou a ver a sua invenção em praticamente todos os carros dos Estados Unidos, sem receber um centavo por isso. 

***Marion Donovan depois de se incomodar com a quantidade de fraldas de seus bebês que precisava lavar inventou a fralda descartável. Inicialmente, a invenção de Donovan era uma capa de fralda à prova d’água que ela criou usando uma cortina de chuveiro, somente depois desenvolvendo a fralda de papel descartável.

***Shirley Jackson realizou uma pesquisa que originou algumas grandes invenções da tecnologia: fax portátil telefone de toque, painéis solares, cabos de fibra óptica e alguns dos dispositivos por trás da chamada em espera e do identificador.

A nossa transmissão de internet em alta velocidade através de cabos de fibra ótica se iniciou com a invenção de Shirley.

***Florence Parpart desenvolveu a tecnologia das geladeiras elétricas e foi também a responsável por criar uma das máquinas de limpeza de rua mais eficientes daquela época.

***Quase ninguém gosta de tomar injeção! Porém, você consegue imaginar como era a aplicação desses remédios antes da invenção da seringa? Em 1899, Letitia Geer inventou a seringa que pode ser aplicada com apenas uma mão, que é utilizada até os dias atuais, e como são, não é mesmo?!

Estas são apenas alguns exemplos de mulheres nas ciências, poderíamos ficar aqui citando tantas outras cientistas, economistas, astronautas, professoras.

Em nosso colégio temos a nossa professora Márcia que é Mestre em Educação pela Universidade de Taubaté, e em sua trajetória de estudos já teve vários artigos publicados em revistas cientificas.

O amor pela ciência pode acontecer dentro de você menina, é muito importante que você descubra que todas nós somos capazes de fazer grandes descobertas e revolucionar a sociedade em que vivemos.

Com muito estudo, esforço e dedicação você também pode fazer ciência!!!!

Maíra Camargo da Silva

  • Professora Formada em Pedagogia pela Faculdade Anhanguera
  • Pós graduada  pela Universidade Metropolitana de Santos em Psicopedagogia
  • Pós Graduada pela Universidade Metropolitana de Santos em Coordenador Pedagógico e a Prática Educativa.


Ensinar e aprender no tempo da pandemia

Prof.  Me. Márcia Maria de Castro Buzzato

Prof.  Me. Márcia de Castro Buzzato

⠀⠀⠀⠀E lá vamos nós para mais uma semana em meio a um desafio jamais imaginado por qualquer um de nós, seres viventes desta época: a pandemia ocasionada por um vírus que desafia a ciência, abala estruturalmente a economia mundial, altera a sociedade e desestrutura nossa emoção.

⠀⠀⠀⠀ Assim tem sido esses dias. Todo mundo sofrendo de alguma privação, alguns muito mais, outros menos. Mas hoje, escolhemos falar do desafio de ensinar e aprender não “em” tempos “de” pandemia, pois jamais alguém escreveu, dissertou sobre como desenvolver a educação formal nas condições em que estamos vivendo hoje, maio de 2020, mas “no” tempo “desta” pandemia.

⠀⠀⠀⠀ Obviamente que sabemos que muito se escreveu sobre a educação nos períodos de guerra, nas grandes crises mundiais, mas nos referimos a esta, a do Coronavírus, na qual de um dia para outro, literalmente, nos vimos diante de um dos maiores desafios de nossa vida de professor da educação básica: ensinar à distância.

⠀⠀⠀⠀ Como diz um professor que admiramos e que se embasa nos princípios pedagógicos mais coerentes que conhecemos: “ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade”. Pois bem! Ninguém se sente seguro neste momento. Temos muita certeza da importância da presença para que os processos de ensinar e aprender possam ocorrer. Dos medos que nos assolam, a angústia de não reconhecermos os olhares de dúvidas, de usar a tecnologia, de não trabalhar sinestesicamente o que nossos alunos precisam, são pontos altos vivenciados por milhares de colegas neste momento.

⠀⠀⠀⠀ Mas, acreditamos que a docência requer competência e generosidade. Há pouco tempo estudamos bons professores e constatamos que para assim o sermos, são necessários três pilares muito integrados: conhecimento profissional, prática profissional e engajamento. E, em uma situação totalmente adversa ao tempo em que o estudo foi desenvolvido, reforçamos o quão importante e real, estas três dimensões da ação docente têm sido e precisam ser conhecidas por quem, neste momento, é desafiado e avaliado por uma sociedade inteira!

⠀⠀⠀⠀ E por falar em sociedade nos analisando, pessoalmente não acreditamos que sairemos mais valorizados. Dedos se apontam de todas as maneiras e também não nos cabem julgamentos sobre isto, pois o tempo de incertezas e medos mexe com a percepção de todos. Por isso precisamos exercitar a generosidade, não somente para com os nossos alunos, mas para compreendermos que é preciso conhecimento de nossa profissão, de nossa prática e de nos engajarmos para que possamos fazer o melhor dentro do possível. Desta forma, sairemos disto mais valorosos.

⠀⠀⠀⠀ Sim, valorosos! Com conhecimento profissional, prática e engajamento, estamos nos reinventando e compreendendo que o ensino precisa mais do que nunca transcender as disciplinas. É necessário ser para além de interdisciplinar, tem que ser transdisciplinar, tem que envolver a afetividade como nunca, pois somente ela pode romper um pouco a barreira das telas dos celulares, computadores.

⠀⠀⠀⠀ Assim, compreendemos que pais e famílias não devem ser os professores. A docência é uma ciência e que não se aprende intuitivamente. Há longos caminhos para entender os complexos processos didáticos, psicológicos, filosóficos, sociais envolvidos em ensinar. É muito mais que conteúdo!

⠀⠀⠀⠀ Entendemos e estamos lutando por isso e também para que as famílias sejam nossas parceiras. A velha e boa parceria entre escola e família, agora de uma maneira inusitada. E elas também lutam da forma como podem e conseguem neste momento, não temos dúvidas disto.

⠀⠀⠀⠀ Contudo, ousamos dizer que nada é novo para a complexa função docente e sim, o momento é inédito, assustador. Poderíamos discorrer sobre autores que fazem a ciência do ensino acontecer por linhas intermináveis abaixo e, todos teriam a sensação de que seus estudos refletiriam o momento atual.  Mas, vamos ressaltar uma obra que não nos sai da cabeça por esses dias e que contempla a ação docente de maneira que o professor:

  • crie pontes no conhecimento;
  • transcenda a prática de sala de aula: como somos desafiados com as webconferências, com as vídeo-aulas e plataformas digitais;
  • pesquise e inove: formas de levar o ensino, inovar a linguagem utilizada, pesquisar a melhor maneira de fazer a escola acontecer nos dias em que não sabemos como será o amanhã;
  • ensine com ética e estética: somente acreditando no poder transformador da educação é que conseguimos levar nossas vídeo-aulas, nossas interações virtuais e aqui fazemos uma ressalva aos inúmeros colegas de profissão que se desesperam com seus alunos sem condições de receberem todas estas formas de ensino. Sim, as desigualdades sociais se ampliarão e tememos os estragos, mesmo nos considerando muito privilegiados.

⠀⠀⠀⠀ E sobre estética, quantos aprendizados estamos tendo com a forma como estamos desenvolvendo tudo. Aos colegas próximos de trabalho, nossa parceria tem sido essencial. Aos que estão longe, nosso mais profundo reconhecimento.

  • amar a docência, respeitar o discente, compreender a condição de sermos docentes e discentes ao mesmo tempo.

⠀⠀⠀⠀ E mais que tudo: a educação no tempo desta pandemia não pode parar. Medo existe, claro! Fundamental é termos consciência e esperança. E ao nosso modo de enxergar o mundo, a educação é a esperança se transformando em verbo.

⠀⠀⠀⠀ Esperançamos o amanhã e parafraseamos o poeta que diz que entre o real e o desejável há a imposição inevitável do tempo de esperas. Que esperemos através também da educação!!!

⠀⠀⠀⠀ Utopia … Não! Esperança e fé em nossa profissão!

OFICINAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL

Ensino Fundamental 2

Fernando Pessoa, um dos maiores autores da literatura portuguesa, diria que escrever é 99% transpiração e 1% inspiração, porém, em nossa sociedade, existe um estigma de que escrever parte de um dom absoluto, o que não é exatamente verdade. A escrita, assim como a capacidade de desenhar, precisa de muito treino para que se chegue a resultados satisfatórios. Afinal, o que é a literatura senão o trabalho com as palavras? 

Partindo desse pressuposto, resolvemos implementar oficinas de produção textual cuja finalidade é trabalhar a prática da escrita em nossos alunos desde o sexto ano. Nas oficinas – que são semanais – nossos alunos passam a ter um contato mais aprofundado com os gêneros textuais apresentados pelo material didático, assim como a conhecer novos gêneros além dos que estão presentes na apostila.

A ideia dessas oficinas partiu de uma necessidade da nova geração ter mais contato com a materialidade textual uma vez que, com o advento das tecnologias digitais, a relação com os livros e com os textos em si estão se tornando cada vez mais distantes.

Nossa ideia é reaproximar os alunos da leitura, tornando-a interessante e atrativa e passando pelos mais diversos gêneros, desde memórias literárias – com o qual os alunos puderam ter contato com o impecável texto de Garcia Marquez – até mesmo com os gêneros mais atuais, como o meme. A partir da leitura, os alunos produzem semanalmente textos dos mais diversos gêneros de forma divertida, didática e rica tornando a prática da escrita comum em suas vidas.

Confira alguns dos textos que já foram produzidos:

6° ano – conto fantástico

AMIZADE EM MUNDOS DIFERENTES

Autor: Murilo Martins Azevedo

Em um sitia viviam dois cachorros, o nome deles eram: Choquito e Caramelo. Eles tinham como diversão correr atrás da gata Nininha até que um dia apareceram dois outros cães que passaram a morar na casa ao lado e que adoravam correr atrás de Choquito e Caramelo. Eles ficaram com muito medo daqueles novos habitantes e não sabiam o que fazer para se livrarem dos inimigos. 

Um dia, Choquito descobriu um portal que levava para outra dimensão e, quando foram perseguidos novamente pelos cachorros vizinhos, entraram nele… só que não esperavam que ficassem presos naquele lugar!

Desesperados, eles continuaram procurando como voltar para o sítio até que encontraram um rosto familiar. Quem era?! A gata Nininha! Sendo assim, tiveram que negociar com ela, pois era a única que sabia como voltar. Quando eles corriam atrás dela no sítio, a gatinha sempre escapava pelo portal. Ficou decidido, então, que eles nunca mais correriam atrás dela em troca da informação de como voltar.

A negociação foi bem sucedida e eles voltaram todos juntos para o sítio.

Assim, houve uma inesperada amizade entre Choquito, Caramelo e Nininha, agora amigos, até em mundos diferentes.

7° ano – Relato pessoal

POUSO FORÇADO

Autor: Miguel Fontes

Essa história que vou te contar garanto que se for andar de avião se lembrará dela. Então, vamos a história. 

Eu e minha família estávamos tirando férias em Florianópolis – SC, mas conhecida como Floripa ou Ilha da Magia. Infelizmente, o dia de ir embora chegou e não estávamos muito animados, pois a volta é sempre mais cansativa.

Chegamos ao aeroporto local para pegar o nosso voo para o aeroporto de Guarulhos, nosso destino até que tudo começou a dar errado. Na verdade, tudo começou com um atraso de uma hora para que o avião chegasse ao aeroporto. Quando ele chegou nós embarcamos, estava nublado e ventava muito, sendo assim, na hora da decolagem o avião balançava bruscamente por causa do vento. Muitas pessoas ficaram apavoradas enquanto eu só dava risada.

Havia passado um tempo e o piloto nos avisou que em Guarulhos chovia muito e que ele não conseguiria efetuar o pouso, então ficamos dando voltar e esperando que o tempo melhorasse, mas não adiantou e o tempo só piorou. Nesse ponto, o avião estava ficando sem combustível e por isso o piloto decidiu pousar em Ribeirão Preto – SP para que fosse abastecido.

O avião estava com tanque cheio, então decolamos e rapidamente já estávamos em Guarulhos, o tempo havia melhorado e com isso conseguimos passar com segurança. No final, tudo acabou bem. Se isso acontecer com você, não fique nervoso. Saiba que os pilotos são treinados para essas situações!

8° ano – Memórias Literárias

UM TEXTO SOBRE ESCREVER

Autora: Marina Neri da Silva

Lembro-me como se fosse hoje, a primeira vez que li um livro de romance completo. Era um sentimento único e que me corroía a cada linha. 

Com o passar das horas, a leitura acabou e deu espaço a um vazio que sentia por dentro. 

Quando terminei um turbilhão de pensamentos rodeavam-me, como “por que acabou?” ou “o que eu acabei de ler?”. 

Com isso, comecei a me aprofundar nesse gênero em específico: romance. 

Apaixonei-me perdidamente, entretanto, eu queria mais. Então, procurei outros novos gêneros como suspense, drama e romance policiar. De certa forma, sim, aqueles livros mexeram bastante com o meu psicológico. 

Eu, uma mera leiga, comecei a escrever por diversão, sobre tudo e nada ao mesmo tempo e passei a me conhecer mais a cada linha que escrevia. Era maravilhoso!

Um sentimento de felicidade me corroía.

Com o passar do tempo, aprimorei-me, esforcei-me para melhorar cada vez mais meu conhecimento sobre o assunto e foi então que conhecer a ficar obcecada por livros, por escrita e – é claro – por leitura.

Foi a partir daí que tudo começou!

9° ano – dissertação escolar

PRECONCEITO LINGUÍSTICO: ORIGENS DA COLÔNIA

Autora: Alice Campolina Martins 

As desigualdades estão presentes na sociedade tanto social quanto financeiramente. As pessoas de alta renda tendem a depreciar pessoas menos favorecidas fazendo com que surjam preconceitos na atualidade, como linguístico.

Segundo o IBGE, 11,3 milhões de brasileiros acima de quinze anos são analfabetos no país, sendo um total de 6,8 da população brasileira. A falta de escolaridade é negativa não somente a quem deseja ser ativo no mercado de trabalho, mas também às pessoas que nunca tiveram contato com a norma padrão da língua – normalmente por falta de condições financeiras – pois acabam sofrendo discriminação pela forma de falar, sendo excluídas socialmente ou tornando-se motivo de chacota.

O Brasil é um país de grande miscigenação que teve interferência, em sua colonização, de vários países europeus, diferenciando as maneiras de falar de cada estado pela presença dos sotaques. A região centro-sul do nosso território é tida como referência de linguagem, consequentemente menosprezando as gírias e as formas de falar de outras regiões dando origem a xenofobia e contrariando o Artigo 3 da Constituição de 1988, que garante a liberdade de todos os seres humanos, independente da raça, cor, etnia, gênero, religião e região.

O preconceito linguístico deve ser extinguido com a tolerância da população. Cabe ao Ministério da Educação tornar obrigatoriedade das escolas ensinarem as formas linguísticas das regiões do nosso país e o respeito que se deve aos habitantes delas.

Professora Elis