Pai, filha e CCC

Com seus 3 aninhos, a pequena Júlia saiu do Rio de Janeiro e seguiu com seus pais para o interior do Pará. Sua mãe havia conseguido um emprego numa grande multinacional do ramo da mineração e foram morar na pequena e pacata cidade de Ourilândia do Norte. Nunca ouviu falar? Pois é, eu não estava... Continue lendo Pai, filha e CCC

Educação que conscientiza sempre. Educação que transforma!

Didática, insurgências políticas e ação

O formato escolar inscrito na lógica da modernidade oferece aos professores e professoras novos problemas que necessitam de novas abordagens e altas doses de dinamismo nos processos de ensino-aprendizagem, estes cada vez mais significativos para que respondam aos desafios da sociedade contemporânea. As promessas de igualdade e cidadania para todos frente a complexidade e pluralidade de questões e sujeitos envolvidos nos processos de ensino-aprendizagem requer da escola mais do que produtividade, avaliação e resultados. Para além do domínio do conteúdo e aquisição de habilidades básicas, busca-se hoje estratégias que superem o tecnicismo, pois entendemos que a didática é mais do um conjunto de procedimentos e técnicas. A técnica pura torna a escola um espaço homogêneo, o qual entendemos que a escola não faz parte. A escola é um espaço multicultural, que abriga e acolhe diversos saberes, histórias e atores sociais. 

A universalização da escolarização limita-nos a torná-la mais eficiente. É preciso reinventar a escola. E reinventar não é negar sua relevância. Reinventar exige de nós conhecer nossos processos históricos e romper vínculos com uma visão homogeneizadora e monocultural. É necessário questionamentos como: Que conhecimentos estamos privilegiando? Quais conteúdos continuamos a inviabilizar? Analisar o contexto político, social, econômico e cultural da nossa realidade nos trará novas perspectivas na construção de um caminho repleto de desafios. 

Neste caminhar notamos inúmeras dinâmicas de transformação da sociedade marcada por retrocessos, avanços, conquistas e perdas de direitos, intensificação das desigualdades, violências, discriminação e intolerância. Um contexto onde precisamos superar o cansaço e as vezes a desesperança. E a pergunta que fazemos é: como vencê-los? A resposta é única: promovendo o diálogo como fonte da humanização.

Mobilizar saberes e ações, desenvolver processos educacionais que confrontem a lógica do apagamento histórico que rompam com a homogeneização e favoreçam o protagonismo dos sujeitos sociais silenciados.

Nos últimos anos uma crescente preocupação com as questões étnico-raciais projeta-se no cenário nacional. Vem se discutindo a problemática das relações étnico-raciais e das diferenças culturais, produzindo inúmeras reflexões e pesquisas não somente no Brasil, mas também em toda a América latina. Tais mudanças ocorrem a partir do crescimento da própria conscientização política de grupos sociais, intensificando a confrontação de seus direitos e defesa de suas identidades. 

A partir de tais reflexões é possível considerarmos o desenvolvimento de políticas para a educação escolar. O amadurecimento dos movimentos sociais provocou a intensificação de debates a respeito da problemática étnico-racial e em respostas do Estado surgiram novas propostas de inclusão. 

A Lei 10.639 instituiu a obrigatoriedade do ensino de história africana e afro-brasileira nos currículos escolares, alterando a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB) desde o ano de 2003. Logo, a escassez de informação sobre a história africana e afro-brasileira acaba por promover o racismo em diferentes esferas e magnitudes. A inclusão da história africana e afro-brasileira no currículo mínimo torna-se fundamental para romper com o racismo presente na sociedade brasileira e representa um desafio para a própria disciplina de história, em gerar estratégias de superação do racismo, construindo projetos e iniciativas que atuem na diminuição das desigualdades raciais.

Ação mobilizadora

No dia 20 de novembro é celebrado o dia da Consciência Negra (data inclusa no calendário oficial nacional desde 2011). No Colégio resolvemos dedicar uma Semana da Consciência Negra, realizada entre os dias 15 e 19 de novembro de 2021. Esta ação pedagógica teve como objetivo tratar parcialmente a História africana e afro-brasileira para além dos conteúdos contemplados pelo currículo mínimo na disciplina de História. 

A proposta de atividade que guiou os estudantes do ensino fundamental 2 foi a elaboração de cartazes compostos de textos e imagens de pessoas negras que fossem grandes nomes da História mundial e que gerassem admiração por seus feitos. Políticos, cantores e cantoras, atores e atrizes, escritores e escritoras, filósofos e filósofas – do passado e da atualidade, que de alguma forma contribuíram com seus talentos e saberes na luta pela inserção do negro na sociedade diante aos desafios que lhes são impostos. 

A iniciativa debatida com os estudantes teve como ponto de partida gerar visibilidade e informação a partir da perspectiva do protagonismo de tais atores sociais, evidenciando suas histórias, lutas, invenções, publicações, teorias, arte etc. para que o dia da consciência negra não fosse apenas uma data de celebração, mas, principalmente, um momento de reflexão sobre o papel das pessoas negras na sociedade. 

Por Professora Carol Araújo
Disciplina de História
Fevereiro 2022

27 anos do CCC

São 27 anos de história. Isso significa que nossos primeiros alunos do Ensino Infantil já estão na casa dos 30! Significa também que já passamos por tanta coisa, que podemos nos considerar um adulto maduro, que sabe exatamente o que fazer. Entre alegrias, desafios, dificuldades e comemorações, vivemos e aprendemos muito.  Não estamos falando de... Continue lendo 27 anos do CCC

O que é ser índio? O que você sabe sobre a história indígena?

Tendo em vista nossa exposição Naurú, a professora Carol, da disciplina de História conta nos um pouco sobre os indígenas no Brasil. Muito do que ouvimos a respeito dessas indagações são respostas carregadas de estereótipos e impregnadas de juízo de valor que distorcem os seus significados. Em grande medida a falta de conhecimento no assunto... Continue lendo O que é ser índio? O que você sabe sobre a história indígena?