Meninas pesquisadoras, mulheres Cientistas.

Muito além de representatividade e igualdade as mulheres tem buscado conhecimento cientifico e validação de suas descobertas durante muitos anos.

A história da educação feminina no Brasil se deu sobre um cenário de exclusão, pois apenas em 1879 o governo imperial permitiu a entrada de mulheres nos cursos superiores, ainda sim somente com a aprovação do marido. 

A falta de diversidade de gênero nas áreas da ciência é uma questão preocupante e dados apontam que apenas cerca de 30 por cento de todas as estudantes do sexo feminino selecionam campos relacionados às Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM) no ensino superior, como mostram os números da UNESCO relativos a 2014 – 2016. 

Preconceitos e estereótipos continuam a afastar as meninas e mulheres destas áreas e para que esse cenário comece a mudar após uma iniciativa da UNESCO e da ONU foi criado O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro desde o ano de 2015, que busca exaltar os feitos das profissionais da área e inspirar as novas gerações a participar de carreiras ligadas à ciência. 

Muito além de apenas enaltecer a presença feminina na ciência, a data ressalta que a participação da mulher neste âmbito, além de promissora, é cada vez mais necessária.  

Várias universidades federais brasileiras e instituições de ensino tem se dedicado a abrir espaço para que meninas possam ingressar nesse universo e para mostrar a elas que a ciência pode ser feita por todas, basta gostar do assunto e se dedicar muito.

A participação feminina na ciência traz soluções diferentes para os estudos, uma vez que as mulheres encontram soluções inovadoras para problemas que homens muita das vezes nem conseguiriam identificar.

O Projeto ‘Meninas na Ciência – UFRJ’ é um exemplo, ele nasceu em meados de 2018 e tem como objetivo de incentivar meninas que ainda estão em idade escolar a conhecer várias áreas científicas, motivando-as a acreditarem que mulheres podem ocupar todos os espaços na sociedade e dar visibilidade para as mulheres cientistas, quebrando estereótipos e estimulando a reflexão sobre a desigualdade de gênero.

Inspirações femininas na Ciência

Com a nossa vida moderna e cheia de facilidades não paramos para pensar quem inventou tal objeto, ou quem criou tal sistema ou até mesmo quem pensou e elaborou tal funcionalidade.

Temos exemplos diversos no passado e na atualidade de mulheres cientistas que inovaram e fizeram descobertas que tem impacto direto em nosso dia a dia.

***Marie Curie é um dos nomes de cientistas mulheres mais lembrado, ela fez tantas descobertas sobre a radiação que o próprio termo “radioatividade” foi cunhado por ela, além de descobrir dois novos elementos da tabela periódica: o polônio e o rádio.

***Nettie Stevens descobriu que são os cromossomos X e Y que determinam o sexo de um bebê na hora da concepção, e não a temperatura do ambiente, a alimentação da mãe ou outros fatores externos como se acreditou por muito tempo.

***Mary Anderson se incomodou com a neve caindo no seu para-brisa e, assim que chegou à sua casa, na cidade de Birmingham, no Alabama, começou os esboços de sua invenção até conseguir uma patente. Mesmo com tantas negativas ela chegou a ver a sua invenção em praticamente todos os carros dos Estados Unidos, sem receber um centavo por isso. 

***Marion Donovan depois de se incomodar com a quantidade de fraldas de seus bebês que precisava lavar inventou a fralda descartável. Inicialmente, a invenção de Donovan era uma capa de fralda à prova d’água que ela criou usando uma cortina de chuveiro, somente depois desenvolvendo a fralda de papel descartável.

***Shirley Jackson realizou uma pesquisa que originou algumas grandes invenções da tecnologia: fax portátil telefone de toque, painéis solares, cabos de fibra óptica e alguns dos dispositivos por trás da chamada em espera e do identificador.

A nossa transmissão de internet em alta velocidade através de cabos de fibra ótica se iniciou com a invenção de Shirley.

***Florence Parpart desenvolveu a tecnologia das geladeiras elétricas e foi também a responsável por criar uma das máquinas de limpeza de rua mais eficientes daquela época.

***Quase ninguém gosta de tomar injeção! Porém, você consegue imaginar como era a aplicação desses remédios antes da invenção da seringa? Em 1899, Letitia Geer inventou a seringa que pode ser aplicada com apenas uma mão, que é utilizada até os dias atuais, e como são, não é mesmo?!

Estas são apenas alguns exemplos de mulheres nas ciências, poderíamos ficar aqui citando tantas outras cientistas, economistas, astronautas, professoras.

Em nosso colégio temos a nossa professora Márcia que é Mestre em Educação pela Universidade de Taubaté, e em sua trajetória de estudos já teve vários artigos publicados em revistas cientificas.

O amor pela ciência pode acontecer dentro de você menina, é muito importante que você descubra que todas nós somos capazes de fazer grandes descobertas e revolucionar a sociedade em que vivemos.

Com muito estudo, esforço e dedicação você também pode fazer ciência!!!!

Maíra Camargo da Silva

  • Professora Formada em Pedagogia pela Faculdade Anhanguera
  • Pós graduada  pela Universidade Metropolitana de Santos em Psicopedagogia
  • Pós Graduada pela Universidade Metropolitana de Santos em Coordenador Pedagógico e a Prática Educativa.